quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Educação democrática



Só podemos falar de educação democrática plena, se houver uma participação de todos no processo de ensino e aprendizagem, os governos são partes de extrema importância, pois a sua intervenção direta garantindo o direito de educação a todos, faz toda a diferença. Segundo Freire: "Educação libertadora sozinha não produz mudança social. Mas não pode haver mudança social sem uma educação libertadora ".

Neste sentido podemos dizer que a criticidade individual é extremamente importante na formação de um individuo, mas este mesmo sentimento crítico que nos faz um ser único, necessita de associação coletiva para que ocorra a formação moral e intelectual. 

Segundo Gabriel Chalita a educação deve ser um incentivo para a felicidade, como uma maneira de permitir a todos a possibilidade de sonhar, transcender, superar limites e desbravar novos horizontes em direção á sua própria história e a cidadania plena. Chalita afirma que, o processo educativo só se dá quando se cria vínculos. A boa educação deve vir acompanhada de doses maciças de afeto, de compreensão e, sobretudo, do entendimento de que o educando é o sentido único, peculiar, dono de um universo rico e, por vezes, pouco explorado.
O professor é o elo de ligação na construção e desconstrução da educação democrática, mostrando a seu educando que a mudança contínua das ideias, do pensamento e das atitudes, não descaracteriza a identidade de um individuo, mas, formata o seu pensamento crítico, dando assim a este aluno a autonomia em seus conhecimentos. O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade.

Professor Ednardo Júnior.´.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

No Brasil, a carreira de professor está se tornando uma passagem, um momento de transição para outras funções

No Brasil, a carreira de professor está se tornando uma passagem, um momento de transição para outras funções. O profissional fica no magistério somente até conseguir um cargo mais bem remunerado e provavelmente menos estressante. Prova disso é que 25% dos docentes brasileiros têm menos de 30 anos e apenas 12% estão com idade acima de 50, bem diferente do que ocorre em outros países. Aqui, o professor ingressa no magistério ainda jovem, mas em poucos anos, deixa de ver perspectivas.


A categoria está entre as mais sensíveis à síndrome de burnout. São profissionais que entram na educação movidos pelo desejo de mudança social e lidam diariamente com o desalinhamento entre o sonho e a impossibilidade de alcançá-lo, entre a impotência diante do sistema de ensino e a cobrança da sociedade. Por exemplo, no Distrito Federal, só no primeiro semestre de 2014, foram emitidos 16,4 mil atestados médicos para professores da rede pública – o que significa mais da metade dos 32 mil concursados. Esses dados se repetem pelos estados e municípios brasileiros. A segunda consequência é a perda de talentos, uma vez que muitos dos profissionais acabam aceitando propostas de trabalho em outras áreas.


A baixa remuneração é a gota d’água num contexto desastroso, que combina elementos como superlotação das salas de aula, aumento da indisciplina e do desrespeito pelos mestres, indiferença das famílias e desprestígio social da profissão, falta de estrutura e de recursos nas escolas e o próprio despreparo dos professores para lidar com os desafios educativos de hoje. Esse quadro tem como primeira consequência o chamado “mal-estar docente”: cada vez mais professores adoecem com problemas psicológicos associados a estresse, exaustão emocional, depressão, cansaço crônico e frustração.

No Brasil, faltam 150 mil professores em disciplinas como química, biologia, física e matemática. No total, estima-se que haja carência de 300 a 400 mil professores nas salas de aula. A solução para que os alunos não fiquem sem fazer nada é recorrer a profissionais sem a devida formação. De acordo com o Censo Escolar 2013, o Brasil tem quase meio milhão de professores ativos sem diploma de graduação, o que equivale a 21,9% do total de 2 milhões de docentes.

Esse cenário funciona como barreira de entrada para novos talentos. Uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas mostrou que apenas 2% dos jovens brasileiros querem ser professores. É justamente o oposto do que ocorre na Coreia do Sul, país que lidera os rankings da educação, onde a profissão é tão disputada que fica restrita aos jovens que mais se destacam nos estudos. É extremamente preocupante constatar que muitos dos calouros brasileiros que optam pela carreira de professor são aqueles que não teriam chance de cursar o ensino superior em outras áreas.

Fontes:
g1.globo.com 

http://www.noticiasparaprofessores.com/2017/12/no-brasil-carreira-de-professor-esta-se.html?m=1

domingo, 7 de janeiro de 2018

A influência musical na atual sociedade.



Prof: Ednardo Junior




Pertenço a uma geração que escutava tocar nas rádios Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Engenheiros do Havaí, Cássia Elen, Cazuza dentre outros grandes nomes da música popular brasileira. As letras produzidas para dar conteúdo às músicas brotadas entre as décadas de 1980 e 1990 traziam mensagens de cunho político, social e econômico. A situação da política nacional era o principal tema abordado. Sem dúvida a música popular brasileira, neste período, foi uma forma de expressão forte do sentimento de insatisfação da população que trabalhava duro pra sobreviver, pagava impostos e sonhava em ter o mínimo de conforto no dia a dia.
Do outro lado desta mesma sociedade, ficava a elite inalcançável, a classe política, um grupo que tem o poder de mudar as leis, pois é bem mais fácil adaptar a classe dominada as novas regras que mudar as regalias e benefícios geridos apenas para a classe dominante;

Nas favelas, no Senado

Sujeira pra todo lado

Ninguém respeita a Constituição

Mas todos acreditam no futuro da nação (Legião Urbana,1987)

 

Iniciamos agora mais um ano, e o que esperar para 2018? Se outrora a nossa MPB fazia a mente do jovem pensar em tempos melhores, como dizia Renato Russo, “Somos tão jovens” e “Não temos tempo a perder” portanto devemos seguir  “Sempre em frente” (1986). Hoje, nos deparamos com uma diversidade de letras de cunho imoral incentivando a desonra, a traição, a embriaguez tirando a inocência das nossas crianças com músicas e letras que não trazem nenhuma mensagem relevante a nossa construção cultural.

Não precisamos muito tempo pesquisando para encontrar pérolas da música brasileira extremamente popular entre a atual juventude. Na primeira pesquisa encontrei uma desta celebridade,  MC Pikachu, ingressou na carreira do funk ousadia no ano de 2014, aos 15 anos causou polêmica devido às letras de conteúdo explicitamente pornográfico em algumas músicas, mais notável na canção "Tava na Rua", onde também fez referências à drogas ilícitas. Vamos ver um trecho:

 

Tava na rua fumando um baseado

Chegou a novinha me pediu pra dá uns trago

Eu falei assim: Vamos faze um acordo

Dá a buceta pra mim e o cú e fuma o beck todo(MC Pikachu, 2015)

 

Ainda nos festejos de ano novo tive o desprazer de sentar em uma barraca de praia e deparei-me com uma família em seu momento de lazer onde os pais estavam em total descontração com seus filhos. Os homens adultos sentados ao redor de uma mesa degustando uma cerveja gelada em companhia de suas esposas enquanto as crianças brincavam na areia. Até ai tudo bem, acredito ser bastante saudável esta reunião familiar, o problema “a meu ver” era a música que embalava este momento de ternura familiar, letra e música era de autorias de um cidadão chamado Phabullo Rodrigues da Silva, conhecido por seu nome artístico Pabllo Vittar, no qual o refrão diz assim; “Tô preparada pra atacar, quando o grave bater, eu vou quicar, na sua cara vou jogar e rebolar”(2017).

Fico na minha ignorância tentando imaginar qual será o futuro de uma sociedade com práticas culturais tão pobres a ponto de eleger a cantora Anitta,   mulher do ano de 2017, em um mesmo ano que a professora a Heley de Abreu Silva Batista, de 43 anos, morre tentando salvar crianças em uma creche de Mato Grosso, esta heroína, enfrentou um indivíduo insano, na esperança de   impedir que ele  jogasse álcool e, depois, fogo em seus alunos. Por este ato heroico em defesa de várias crianças, ganhou seus 15 minutos de fama e depois caiu no esquecimento da opinião pública.

Pra não dizer que estou sendo injusto dei uma olhadinha na letra de algumas músicas da cantora Anitta, afinal a mesma merecedora de tamanha honraria, nada mais justo apreciar a obra cultural produzida por esta artista;

 

Vai, malandra, an na

Ê, tá louca, tu brincando com o bumbum

An an, tutudum, an na

Vai, malandra, an na

Ê, tá louca, tu brincando com o bumbum

An an, tutudum, an na(2017)

 

Juro que tentei ler um pouco mais, até procurei outras mísicas de autoria desta ilustre representante da atual música popular brasileira, mas acredito que minha inteligência não acompanha esta modernidade, pois na real, não entendi nada.

Para concluir, acredito que devemos celebrar, afinal é o inicio de um novo ano, um novo sol, uma nova era, quem sabe até um recomeço. Foi ai que lembrei de uma outra música que ouvia na minha adolescência, “Perfeição” (Renato Russo,1993):

 


Vamos celebrar a estupidez humana. A estupidez de todas as nações.

O meu país e sua corja de assassinos covardes. Estupradores e ladrões. Vamos celebrar a estupidez

do povo. Nossa polícia e televisão.

Vamos celebrar nosso governo. E nosso estado que não é nação. Celebrar a juventude sem escola,

as crianças mortas.

Celebrar nossa desunião. Vamos celebrar nossa tristeza. Vamos celebrar nossa vaidade Vamos

comemorar como idiotas, a cada fevereiro é feriado.

Todos os mortos nas estradas. Os mortos por falta de hospitais. Vamos celebrar os preconceitos.  O

voto dos analfabetos.

SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA

  SOLIDARIEDADE NA MAÇONARIA Ednardo Sousa Bezerra Júnior.´. “É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao n...